Esta é uma bebida que me faz recuar umas belas décadas até à minha terra, Viseu.
Todos os anos, assim que terminavam as aulas, lá ia eu, de autocarro, entregue ao motorista, passar as férias grandes, de verão, para casa dos meus avós maternos. Outras vezes iam os meus pais levar me.
Ficava ansiosa por esta altura do ano, pois adorava ir para lá. A casa era enorme, com um vasto jardim, com as roseiras lindas da minha avó e as belas hortenses. Tinha um lindo relvado com baloiços verdes de ferro. Eu adorava estar ali e ir para a figueira enorme tirar aqueles figos doces e deliciosos.
Lembro me que havia muitos incêndios e fazia muito calor. Tinhamos tardes mesmo muito quentes e a minha avó preparava o mazagran ou groselha e embora adorasse as duas bebidas, era o mazagran bem geladinho que refrescava. Depois fazia um pão com manteiga, açucar e canela que eu adorava.
Que saudades que eu tenho destes momentos. Que belas recordações eu guardo na memória, das minhas fantásticas férias em Viseu.
Refresco outrora muito consumido, pelo menos em Lisboa, feito de café frio,
casca de limão, água lisa, ou gasosa, e açúcar.
Originário de França, alegadamente deve o nome ao da povoação argelina Mazagran, onde durante a conquista da Argélia pela França, entre 1830 e 1847, 123 soldados da Legião Estrangeira, cercados por 12.000 árabes, terão resistido alimentando-se desta bebida.
3 c. chá de café solúvel
ou
1 chávena de chá de café forte
1 limão cortado às rodelas
sumo de meio limão
3 c. sopa de açucar amarelo
2 paus de canela
1L de água
gelo q.b.
Ferver água e juntar ao café numa chávena de chá e reserve.
Enquanto o café arrefece, deite para o jarro os restantes ingredientes.
Misture o café no jarro e misture.
Junte o gelo e a água e sirva bem fresco.
"(…) um gesto que, pelo simbolismo, estabeleça entre o livro e o leitor um primeiro laço de simpatia.
Esse gesto é aqui o título. Mazagran, palavra que outrossim não se encontra no texto, designa uma bebida favorita no Maghreb: um copo grande cheio até mais de um terço com café forte, um volume igual de água gasosa, muito açúcar, uma rodela de limão. Quando o Profeta abranda a sua vigilância junta-se-lhe um cálice de conhaque. Bebe-se quente no Inverno e quase gelada nos dias de calor. A pequenos goles. Com aquela disposição benigna do espírito que umas vezes nos leva à rua para cavaquear com os amigos, e outras nos prende em casa a ler um livro."
Mazagran, de José Rentes de Carvalho
Carpe Diem!!!